quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Verão

Verão

Numa febre 
A pele está
Como lã em calor suor

Suporte de luz
Que abafa a água
E umidece a face

Sorridente busca
Curar a camada interna
Invisível e transparente
Que enxerga-se em dia

Ultrapassou o limite
Do esquecimento possível
E agora fala
Queima sons
Do ar preso no peito

Suspiro, da hora que espreguiça-se e pede
Que recomece a manhã tardia
Evapore o orvalho e cubra os dois mundos
Em um só pedaço o dia


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