Sim
Aceite
e que seja doce, lânguida, a entrega.
Sem
supor ou flertar com a possibilidade de salvação
Que
te suguem todo sangue
Até
que tonta e fraca e vítima
Sejas
amarrada e incitada a fazer o que nunca pôde
Saiba:
Tudo
é maior que sua vontade ignorante
Sorria
à contrariedade, essa surpresa indevida
Não
chore de frustração já que nada lhe foi prometido
Nunca
houve garantias
Aliás,
não houve nada antes
E
nem haverá depois.
A
partida atestará: foi em vão
E
ainda há os que lamentem
Aprisionados
em muros de cartas de baralho
______________________________________
Leve
coreografia onde dançam mortas
Pálidas
e sábias e coroadas pela traição
Não,
mais uma vez não!
Pare
e veja, o tormento inútil
De
quem pensa controlar o destino
Na
busca de alcançar sonhos
Nada
disso foi feito para ser alcançado
Só
para manter-nos em marcha
Há
sim a fome
Nome
Para
o que não saciamos
Mesmo
em orgia.
Destrua
– e ensaie a morte
Do
drama.
Durma
no chão, longe da dama / lady
O
amor atraiçoa
E
sua sombra é inevitável!
Dói
e aleja,
e é
sobre humano.
Escrever
na impossibilidade de durar
Viver
na inevitabilidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário