A bailarina feito
de borracha e pássaro
dança no pavimento
anterior do sonho
A três horas de sono,
mais além dos sonhos,
as secretas câmaras
que a morte revela.
Entre monstros feitos
a tinta de escrever,
a bailarina feita
de borracha e pássaro.
Da diária e lenta
borracha ou pássaro
do inseto ou pássaro
que não sei caçar.
João Cabral de Melo Neto
In: Antologia Poética
Nenhum comentário:
Postar um comentário